#calças

Vou contar agora uma situação muito dramática da minha vida, mas para tirar um pouco do drama vou tentar levar num tom causual à la "conversa de elevador":

- E o dia que minha calça descosturou inteira no trabalho hein?

Pois é. Um belo dia eu tava aqui sentada sozinha na minha sala quando fui tomada por uma estranha sensação de liberdade. A vida parecia mais leve, mais arejada, mais... solta.

Ainda envolta na minha liberdade cruzei as pernas e aí voltei a realidade, a minha calça tinha descosturado INTEIRA.

Quando digo "inteira" me refiro a parte que vai debaixo do zíper, passa pela costura das duas pernas e se transforma num vestido. Sim, de repente eu usava um vestido com pernas.

A sensação de liberdade se tornou um ataque de pânico com uma pitada alívio. Pânico no sentido de "MEU DEUS DO CÉU ESTOU NUA NO TRABALHO! E AGORA????", e alivio em "GRAÇAS A DEUS TÔ NA MINHA SALA".

Então eu precisava pensar porque minha calça estava rasgada e alguém poderia entrar a qualquer minuto. Lamentei alguns instantes por não carregar uma máquina de costura na bolsa, depois lamentei todas as tentativas de aula de costura que minha vó me deu e eu não dei a mínima. Não que fosse adiantar porque eu não tinha nem máquina de costura, nem linha, nem agulha, nada. Estava tudo perdido.

Foi aí que os quase 4 anos de faculdade de RTV entraram em ação. Porque lá você aprende a consertar coisas que dão errado, e na maioria das vezes, sem ter o que é preciso.

Enquanto me desesperava mandando mensagem para Bel Humenhuk olhei rapidamente para a minha sala em busca de uma solução, até que finalmente tive uma grande idéia.

E foi assim que eu grampeei minha calça no banheiro e saí como se nada tivesse acontecido.

Atualmente estou considerando lançar a "Calça Grampeada - Coleção 2012", aguardo contato.

Agradecimento especial:

Bel Humenhuk, que fez tudo que podia no momento: riu.