Em menos de 50 passos aconteceram tantas coisas aleatórias que questionei se algo acontecera com o universo enquanto estive fora.
Primeiro precisei desviar depressa para não ser esmagada por uma banda de jazz que surgiu do nada no meio da calçada. Quer dizer, no começo era jazz mas acho que deixou de ser quando pedi licença para o moço do banjo.
No caminho inverso vinha um jovem segurando um pacote com 4 rolos de papel higiênico como se fosse um livro. Olhei duas vezes para ter certeza, era. Ainda pensava nisso passou por mim uma mulher falando espanhol. Com o cachorro.
Tudo isso soaria como um perfeito absurdo se não fosse inteiramente verdade.
Hoje de manhã me deparei com uma pintura feita a mão de um casal no dia de seu casamento. Noiva e noivo em um beijo singelo jogados embaixo da escada da estação do metrô.
Minha teoria é que as coisas estão lá para todo mundo ver mas eu é que dou importância além da conta pra elas. Sou a pessoa mais avoada e mais detalhista que eu já vi andando na rua. Faço o caminho da luz em que o poste pisca em verde, viro na esquina da placa que tá ao contrário e atravesso a rua na faixa do lado da árvore em que Thaís + Felipe vão ficar juntos para sempre.
Coisas absurdas acontecem nos meus dias e quando eu digo parece tudo invenção.
Tá certo que minha imaginação é fértil, mas a realidade ajuda.
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