Vi HER alguns dias atrás e não consegui mais tirar da cabeça.
O filme levanta várias questões e pode gerar discussões que durariam a noite inteira na mesa do bar, mas teve algo nele que me fez pensar e me despertou enquanto eu atravessava uma ponte no meu caminho de casa.
Enquanto eu via o filme, acabei pensando em como seria viver sem um corpo, como uma inteligencia artificial (loucura né?). Parece loucura, mas me bateu um desespero quando eu pensei em tudo que eu perderia se eu não pudesse ser como sou.
Se eu não pudesse ver minha cor preferida estampada no céu no final da tarde, ou ouvir o barulho do mar sentada na areia em Copacabana. Ver bem de pertinho as linhas que formam o nariz da minha cachorra (assim como quando criança eu costumava olhar minha pele contra o sol vendo as linhas formando minhas mãos). Se eu não pudesse sentir o cheiro de café ou o cheiro do amaciante das roupas dos meus pais. Como seria se eu não pudesse ouvir minhas frases preferidas ditas pelas minhas pessoas preferidas. Se não enxergasse as cores das frutas nas feiras e se eu não pudesse sentir nos dedos o aço das cordas do meu violão.
Como seria se eu não pudesse sentir o vento batendo no meu cabelo enquanto atravesso a ponte no meu caminho de casa, quando eu desacelero o passo só pra sentir mais um pouquinho.
Como seria se eu não pudesse sentir o vento batendo no meu cabelo enquanto atravesso a ponte no meu caminho de casa, quando eu desacelero o passo só pra sentir mais um pouquinho.
Às vezes esse turbilhão da vida faz a gente agir no automático, viver como uma inteligência artificial, programada.
E as vezes um simples vento no cabelo pode te fazer lembrar que tudo está ao seu alcance.
E as vezes um simples vento no cabelo pode te fazer lembrar que tudo está ao seu alcance.
Ufa.
Thami.
(Ah, além do filme, ouça a trilha)
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